Colégio Barros Barreto recebe a 7ª edição do Novembro das Artes Negras, até sexta (dia 22)

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Fotos: Virlane Carmo
O Colégio Estadual Barros Barreto, em Paripe, Salvador, é palco da “7ª edição do Novembro das Artes Negras da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb)”,  que acontece nesta quinta e sexta-feira, dias 21 e 22. Cerca de 150 estudantes prestigiaram o evento durante a tarde do primeiro dia de apresentações na escola. A programação gratuita incluiu performances, shows e espetáculos teatrais que celebraram a cultura afro-brasileira.
 
Para o diretor da unidade, Rui César Cerqueira , a realização do evento em um colégio estadual reforça a importância de espaços educacionais na promoção da diversidade cultural e do respeito às raízes africanas. " Esse evento é muito importante, não só para a nossa escola, mas para toda a comunidade de periferia. Hoje nós conseguimos trazer esse evento para dentro da nossa comunidade escolar. Isso vai fazer com que o nosso estudante se empodere e tenha consciência do que realmente ele é, o que ele deseja".
 
A abertura, realizada na quinta-feira, começou às 15h com a performance Thank You Exu, de Nelson Maca, um recital ampliado que usou a poesia negra para homenagear o orixá Exu. Logo após, às 16h30, a cantora, compositora e baixista Riane Mascarenhas trouxe o show Reggar, uma fusão de sonoridades inspiradas no recôncavo baiano. O evento seguiu outras performances que encantaram mesclando arte, educação e cultura. A programação atraiu estudantes, professores, funcionários e a comunidade local, transformando o colégio em um espaço de reflexão e celebração.
 
Rosana Moore, assessora da Diretoria das Artes da Funceb, destacou a importância do evento como uma oportunidade de reflexão para os estudantes e a escolha do local para esta edição. "Estar em uma escola pública no bairro de Paripe, dialogando com essa juventude curiosa, é algo muito significativo. Na edição deste ano, entendemos a importância de nos deslocarmos para uma escola, trazendo essas manifestações culturais diretamente para o ambiente dos estudantes. É uma chance de estimular o pensamento sobre a contribuição da ancestralidade africana na formação do nosso povo e, ao mesmo tempo, levar os estudantes a refletirem sobre si mesmos. Essa troca cultural não só amplia o conhecimento deles, mas também contribui para a formação de cidadãos conscientes e conectados com suas raízes".
 
Yasmin Cardoso de Magalhães, 20 anos, aluna do 3º ano destacou o impacto positivo do evento. " Eu achei muito interessante ter um evento como esse aqui na escola, porque as pessoas precisam conhecer um pouco mais da nossa própria cultura. Acho que deveriam cada vez mais trazer essas manifestações culturais para esses espaços para que os estudantes possam aproveitar e ter acesso a essas apresentações".

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